Por Camila Domingues
Alopecia psicogênica felina: considerações clínicas
Essa psicodermatose também chamada de tricotilomania, parece ser a mais frequente e importante na espécie, podendo ser confundida com outros quadros dermatológicos primários
A alopecia psicogênica em felinos trata-se de uma psicodermatose, ou seja, distúrbio comportamental no qual fatores psicológicos e emocionais acarretam manifestações cutâneas. A pele, além de ser oriunda do mesmo folheto embrionário que origina o sistema nervoso, guarda com este, uma comunicação direta através de mensageiros neuro-hormonais, de forma que distúrbios psicológicos podem afetar diretamente a pele e vice-versa.
A dermatite psicogênica felina pode se manifestar por comportamentos repetitivos como lambedura excessiva, desencadeando alopecia autoinduzida; ou de comportamentos bizarros, como automordedura, autotraumatismo e até mesmo automutilação de patas, unhas e cauda. Estes comportamentos são decorrentes de um conflito, ou frustração, que fazem com que os animais permaneçam em um estado de contínuo de ansiedade e estresse. Estes comportamentos repetitivos, sem propósito e prejudiciais instalam-se como um mecanismo de alívio da ansiedade e do estresse, provocados pela condição perturbadora que o animal não consegue resolver.
Fatores ambientais como mudança no ambiente, doenças, cirurgias, mudança de rotina, mudança no convívio com outros animais e pessoas, tédio, competição com outros animais, confinamento, aglomeração, estímulos inadequados, são todas situações potencialmente deflagradoras de dermatite psicogênica. Assine agora e tenha acesso ilimitado a todas as materias de todas as edições da revista Medicina Veterinária em Foco!
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